terça-feira, 13 de novembro de 2012

Dona Onça na Selva de Pedra Paulista

De volta ao país tupiniquim (guardamos uns posts da Europa para publicar para nossos queridos leitores – só para dar aquele gostinho de que ainda estamos viajando mundo afora, como se tivéssemos ganho na mega sena), nada como matar a saudade com comida brasileira e ainda com um programa bem paulista...
A boa de hoje: bar Dona Onça, no edifício Copan.
O edifício Copan é um dos mais emblemáticos da minha querida terra natal. Ele foi projetado pelo Oscar Niemeyer nos anos 50 (li hoje no jornal que ele está louco para voltar para a casa do hospital para trabalhar no seu projeto de um centro cultural no Marrocos – aos 104 anos! Muito, mas muito orgulho de um velhinho porreta desses. Ainda que o estilo arquitetônico dele não seja your cup of tea, não há como negar que esse velhinho nessa idade e ainda na ativa – e não para jogar gamão e sim para realizar empreendimentos arquitetônicos internacionais - é impressionante).
Enfim, a gente está aqui para falar de comida e não de arquitetura…
Gosto de ir lá com a minha mãe, que é a pessoa que mais gosta de comer entradas que eu conheço. A ideia é provar um pouco de tudo e não se empanizar com um prato só (se bem que a feijoada de lá tem uma cara ótima, estou louca para voltar e provar). Fomos durante um dia de passeio no centro da cidade.
Abrimos com chave de ouro com uma caipirinha (ou caipiroska) onça pintada. Vai tangerina e maracujá. Deliciosa e vem num copão. Uma delícia! Refrescante, gosto de fruta, adoçada na medida (odeio quando a caipirinha vem puro açúcar) e pronta para ser tomada como se fosse suco!
Caipiroska Onça Pintada
Pedimos algumas porções “para beliscar”…
A primeira delas, panelinha de frutos do mar com perfume de curry.  Uma delícia. Tem um toque oriental e  vem com um pãozinho para chuchar no molho.

Panelinha de frutos do mar com perfume de curry

 Depois, mexilhões cozidos na cerveja. Muito gostoso. Lembrei de um que comi na Bélgica.
Mexilhões cozidos na cerveja
Linguiça de porco artesanal feita na casa com vinagrete e pão francês, que acompanha uma pimentinha biquinho (o toque especial, na minha opinião)…
Linguiça da casa com pimentas biquinho e vinagrette
E o meu favorito (disparado – não porque os outros não sejam tão bons, mas porque este simplesmente é o que eu penso quando tenho vontade de ir no Dona Onça): carré de javali grelhado ao molho poivre… Ainda que você não faça este esquema de “tapas”, peça este carré de entrada. Você vai ser mais feliz depois que comer, vai por mim.
Carré de Javali ao molho poivre
E para finalizar, sobremesas!! Ai, como essa parte me agrada!
Primeiro, um crème brûleé abrasileirado de romeu e julieta. Adoro estas misturas culturais (principalmente se elas são bem sucedidas).
Crème brûleé romeu e julieta
 Depois, um churros com doce de leite. Acho que a foto diz mais do que eu poderia dizer…

Churros com doce de leite
Para finalizar, peça um cafezinho. Ele acompanha o “leite de onça”que é uma batida/ licor que eles fazem lá.
Café com leite de onça
Um agradecimento especial à mamma, que me ensinou a comer bem e me apresentou ao carré, ao brûleé e ao passeio digestivo no centro pós restaurante (que não durou muito, como vocês podem imaginar).
Flá