sexta-feira, 29 de junho de 2012

Mercado Central em Santiago, Chile

No centro de Santiago, está localizado o mercado central da cidade, que foi construído em 1872. O mercado não só é interessante de conhecer pelo seu aspecto histórico, mas também pela gastronomia, pela diversidade de ingredientes locais, como frutas, verduras, peixes, carnes, etc. Aproveite para degustar o que o país oferece em um  dos restaurantes dentro do mercado, mas se prepare para o assédio dos garçons, que tentam a todo custo fisgar os pobres dos turistas para provar a comida local.






Decidimos pelo Donde Augusto, pois lemos que era um dos mais tradicionais. Realmente, o lugar é enorme e ocupa boa parte do mercado... Logo se nota que foi um restaurante que se expandiu dentro do mercado. Estávamos dispostos a pedir uma porção de mexilhões, mas o garçon logo nos alertou que os mexilhões eram muito grandes e que talvez não fosse agradar muito. Pedimos então o "jardim de marisco especial" para dividirmos em quatro pessoas. Como não estávamos com muita fome e queríamos só petiscar, foi na medida. Agora, se estivéssemos com mais fome, teríamos que pedir mais comida.

jardim de marisco especial
O "jardim de marisco" tinha de tudo: ceviche, mexilhão, camarão, lulas, king crab, etc. Quando vimos o tamanho do mexilhão, percebemos que realmente o bicho era enorme e se tivéssemos pedido um monte deles, não íamos gostar muito. Pela foto, dá para perceber o tamanho deles: eles são quase do tamanho do prato! Foi interessante provar, mas o bichinho menor não intimida tanto!

Sites:
Mercado Central - http://www.mercadocentral.cl/
Donde Augusto - http://www.dondeaugusto.cl/
Flá

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Hideki

A cidade de São Paulo recebeu, no final século XIX e no decorrer do século XX, um grande fluxo de imigração japonesa que deixou profundas marcas na sua sociabilidade. Por este motivo, podemos encontrar na metrópole paulistana o melhor da gastronomia nipônica. A trajetória do chef de cozinha Hideki Fuchikami é um exemplo do movimento de transculturação em terra bandeirante. Os pais de Hideki Fuchikami vieram para o Brasil em busca de enriqueicimento rápido para depois retornarem triunfantes ao Japão. Ao chegarem no Brasil, fixaram-se no interior da cidade de São Paulo, onde passaram a se dedicar à lavoura. 

variedade de sushis
Como não ganharam o dinheiro idealizado, estabeleceram-se definitivamente no Brasil, onde passaram a projetar novos sonhos. O título de bacharel no curso de Direito parecia ser o caminho ideal para a realização da ascensão econômica da família de imigrantes. Com este objetivo, o filho Hideki Fuchikami foi enviado à capital paulista. Como o custo de vida era alto, o jovem nissei foi orientado a trabalhar em um restaurante local para sobreviver. Rapidamente, o seu talento foi descoberto e orientado à aperfeiçoar-se no Japão. O sushiman passou quase dez anos em diversas cidades do Japão, onde teve a oportunidade de aprender os mais tradicionais pratos e temperos. 

Ostras!
Voltou para o Brasil em 1997 e assumiu o posto de sushiman no tradicional restaurante Yashiro. Em 2002, o chefe idealizou o restaurante Hideki, como templo da regional gastronômia nipônica. 
 O Hideki é um excelente exemplo de restaurante tradicional sem a afetação dos modismos. No pequeno salão, são expostas duas longas mesas no estilo self service. A primeira mesa conta com uma enorme variedade de sushis, sashimis, marinados e ostras.  A segunda é dedicada aos pratos quentes, como salmão grelhado, guioza, tempura de legumes e camarão, casquinha de siri, shimeji, shitake entre outros. 


A qualidade da culinária de Hideki Fuchikami é indiscutível. Somos conquistados pela farta variedade de pratos e sabores. Pelo tempero do chef, nota-se que Hideki foge do lugar comum. O único defeito do restaurante é o ambiente apertado. Infelizmente as mesas são postas muito próximas umas das outras, o que acaba por atrapalhar a circulação.






Site: http://hidekisushi.com.br/site.php
Endereço
Rua dos Pinheiros, 70.
São Paulo.


Dani

domingo, 17 de junho de 2012

Um viva à comida peruana: Astrid y Gastón, no Chile

Em Providencia, um dos bairros mais bonitos de Santiago, fomos no Astrid y Gastón, um restaurante de comida peruana que tem filiais em diversos países: Chile, Argentina, México, Perú, Equador, Espanha, Colômbia e Venezuela.  Se você estiver em um destes países, não deixe de conferir o restaurante, pois vale muito a pena. Os dois donos se conheceram na faculdade de gastronomia, depois de abandonarem as suas antigas profissões (medicina e direito). Apaixonaram-se e foram para o Perú para investir na gastronomia peruana.
Nós já falamos aqui da vinda da gastronomia peruana ao Brasil. Parece que ela está expandindo mundo afora (ainda bem) e veio para ficar!
Fomos no restaurante em um dia em que estávamos mesmo dispostos a comer bem. Para começar, belisquetes bem apresentados e um amouse bouche para preparar o apetite!





No jantar, foi muito difícil escolher o prato, dentre tantos, que pareciam ser maravilhosos.
Quando eu vi que eles tinham um leitão, eu não me aguentei e acabei pedindo. Desde a minha viagem à Segovia, na Espanha, que eu estava morrendo vontade de comer um leitãozinho de novo. Aí, quando vi o leitãozinho crocante com "tequeño" recheado de batata carapúcla, pão brioche de pimenta amarela chifeira e rocoto recheado (gente, copiei do cardápio - mas garanto que estava  muito bom), defini a minha escolha em segundos! Estava bem do jeito que eu imaginava: uma carne bem tenra por dentro e uma crocância por fora de dar água na boca! Os acompanhamentos estavam à altura e só saí de lá quando o prato estava limpinho! 


Outra boa opção que escolhemos foi o arroz cremoso com frutos do mar. Estava delicioso!


O cardápio oferecia sobremesas maravilhosas, mas infelizmente o leitão tomou conta do pedaço e deixou um gostinho de "quero muito voltar lá".
Site:
http://www.astridygaston.cl/
Flá

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Bife à Milanesa for Dummies

Mesmo a culinária mais simples é cheia de segredos. Por este motivo, o Utopias hoje publica a receita do Bife à Milanesa.






Para fazer um Bife à Milanesa bem gostoso é melhor usar carne de Contra-filé. Comece retirando um pouco da gordura de cada bife com uma faca bem afiada. 



Coloque todos os bifes espalhados em uma travessa e regue com um fino fio de azeite e alguns pingos de molho inglês. Tempere com uma pitada de sal cada bife dos dois lados.
Passe cada bife na farinha de trigo apertando-o com os dedos.





Logo em seguida, passe o bife em um prato fundo, onde devem estar misturados dois ovos inteiros.
O segredo é misturar os ovos com um pouco de queijo parmesão ralado (fino), uma pitada de alho espremido, cheiro verde e pimenta (pode ser do reino ou umas gotas da Tabasco).





Depois de passar o bife no ovo, passe na farinha de rosca.






Agora os bifes estão prontos para fritar.




Voilà!
Dani

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Restaurante Giratorio, Santiago, Chile

Nós aqui do UG adoramos um lugarzinho com vista da cidade... Depois da experiência da Dani na Suíça no Piz Gloria, fiquei com invejinha rosa e decidi ir conhecer um restaurante giratório em Santiago, no Chile, em uma viagem que fiz com a minha família. 

foto do site: http://viajes.elpais.com.uy/2010/10/15/escapada-a-santiago-de-chile/
A cidade é uma gracinha, bem arborizada e fica em um vale no meio das montanhas andinas. A versão latinoamericana de um restaurante giratório não é tão sofisticada como a européia, mas dá para aproveitar uma vista bonita da cidade e apreciar uma comida boa.
No tempo em que tivemos lá, conseguimos dar uma volta completa. O restaurante fica no último andar de um prédio que, apesar de não ser muito alto, proporciona uma boa vista da cidade.
A gastronomia Chilena tem elementos de uma gastronomia andina, como a peruana, com ceviches e frutos do mar, mas também tem as famosas parrillas e carnes, que são mais parecidas com a comida gaúcha (gaúcho aqui querendo dizer a nossa comida, mas também a Argentina e a Uruguaia).
Eu pedi um polvo grelhado acompanhado de batatas em camadas com molho de queijo. O polvo estava bem temperado, mas confesso que não estava tão tenro como deveria. As batatas estavam deliciosas!

polvo grelhado

Meu irmão pediu um pernil de cordeiro com arroz silvestre. 

pernil de cordeiro com arroz silvestre


De sobremesa, fui no crepe com recheio de doce de leite. O doce de leite deles é bem parecido com o argentino, tem aquele gosto mais forte e é mais escurinho. Uma delícia!


crepe de doce de leite
Minha mãe pediu uma coisa pensando que era Irish coffee, mas era uma sobremesa com café whisky e sorvete. Acho que ela não se importou muito de ter "errado" o pedido...

a sobremesa que "pedimos errado"
O duro foi continuar o passeio depois de tanta comilança!




Site: http://www.restaurantgiratorio.cl/
Flá

terça-feira, 12 de junho de 2012

Comida de Viking

Queridos leitores, juro que estamos tentando manter esse blog. Temos mil posts por publicar, mas sabe como é, a vida anda agitada e nem sempre conseguimos um tempinho para atualizá-los das nossas andanças por aí.
O UG andou pelas terras norueguesas para ver o que aquele povo bonito descendente dos vikings anda comendo. Em uma viagem de dois dias que fiz a Oslo, percebi que a gastronomia local não é tão valorizada; os locais estão mais acostumados à gastronomia internacional, apesar de existirem alguns restaurantes com comida tradicional. Eu não queria deixar passar em branco a possibilidade de provar alguma coisa típida de lá.
Estava em Aker Brygge, uma região da cidade onde havia um estaleiro que fica perto do mar, perfeita para um dia de verão. Não que o verão na Noruega seja muito quente, mas estava um sol gostoso e decidimos que seria perfeito comer em um dos resturantes ali perto. Escolhemos o Cafe Albertine que, apesar de não ser um restaurante típico norueguês, tinha boas opções no menu para quem queria provar uma iguaria local.
Eu já fui logo mergulhando de cabeça na ideia da novidade e pedi um prato com carne de baleia (hvalbiff). Sim, caros leitores, churrasquinho de Chamu!! Ai, ai, que me perdoem os ambientalistas de plantão. A prática de comer baleias acontece na Noruega desde os séculos 9 e 10. 
A carne de baleia vinha como um medalhão rodeado de bacon e acompanhava cebolas caramelizadas, batatas e cogumelos. Eles me perguntaram se poderiam trazer ao ponto ou se eu gostaria da carne mais bem passada, mas avisaram que, se a carne passasse muito do ponto, não ia ficar boa. Eu pedi que viesse do jeito que tinha que vir. A carne é bem mais vermelha do que a carne de boi e o gosto bem mais forte. Dá para sentir que é uma carne mais gorda do que estamos acostumados, mas valeu muito a experiência. Se você não é muito fã de carne, talvez não seja para você...

Carne de baleia

A minha amiga pediu o salmão gravlaks grelhado. O salmão gravlaks é típico da região escandinava e é feito curtido no sal com endro e açúcar por alguns dias. Normalmente, ele é servido cru, mas no restaurante ele veio grelhado. Eu provei e tinha o gostinho do salgado do salmão curtido. Estava muito gostoso. Talvez seja uma opção mais light e ambientalmente correta...


Salmão Gravlaks
 Site do Cafe Albertine:
http://www.cafealbertine.no/home/ 
Flá